Folha de S. Paulo


Grupo dribla policiais e depreda lojas na zona oeste de São Paulo

Manifestantes contra o impeachment de Dilma Rousseff se reuniram na região do Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Após horas negociando com a polícia, um grupo se dispersou e depredou lojas no bairro na noite desta sexta-feira (2).

Os manifestantes concentrados no Largo da Batata foram impedidos de avançar Polícia Militar, que exigiu que divulgassem o trajeto que percorreriam —a polícia afirma que está no local desde as 15h, mas não foi informada do caminho.

"Pessoal, organizamos o ato de hoje desde segunda-feira", disse uma líder do grupo à massa de manifestantes.

"O que está acontecendo agora é que a polícia travou a rua, impedindo o nosso ato, impedindo o nosso direito de sair. Disseram que por não haver aviso prévio à Secretária de Segurança, o nosso ato não poderia sair até o destino que decidimos. Nós mandaram voltar para o Largo da Batata."

Após mais de três horas de impasse, com a polícia tentando impedir a manifestação de sair, alguns ativistas saíram correndo pela rua Cardeal Arcoverde.

Na avenida Eusébio Matoso, mascarados passaram a atirar objetos em uma concessionária de veículos e em outras lojas. Os manifestantes também incendiaram lixo e fecharam a avenida por alguns momentos.

Um grupo que seguia pela marginal Pinheiros foi interceptado pela Polícia Militar próximo ao Terminal Pinheiros. Sete pessoas foram detidas.

O protesto havia sido convocado por um coletivo de mulheres negras, que decidiu terminar o ato para evitar confronto com a PM. No entanto, parte dos manifestantes não aceitou.

Angela Boldrini/Folhapress
Manifestante picha
Manifestante picha "Fora Temer" em viaduto próximo à avenida Eusébio Matoso, em São Paulo

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