O ex-presidente da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar) Cássio Chebabi, suspeito de chefiar a máfia da merenda, foi convocado para depor em CPI na Alesp nesta quarta-feira (24). Chebabi, entretanto, decidiu não falar sobre o caso.
O ex-dirigente da cooperativa alegou ter o direito de permanecer calado devido ao acordo de confidencialidade da delação premiada, fechada no início do ano. Chebabi é delator na Operação Alba Branca, que apura a atuação da Coaf no pagamento de propina em troca de contratos superfaturados de merenda escolar.
Na delação, Chebabi citou o secretário tucano Duarte Nogueira (Logística e Transportes) como beneficiário do esquema de propina em merenda escolar.
Esperava-se que Chebabi reforçasse à CPI o que já havia dito em delação.
Em outros depoimentos à polícia, investigados na operação citaram o presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), Fernando Capez (PSDB), e os deputados federais Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB). Todos negam envolvimento no esquema.
Nesta quarta foram ouvidos na CPI Nilson Fernandes, atual presidente da Coaf, e Adriano Miller, prestador de serviço de departamento financeiro da cooperativa. Patrícia Figueira Neves, auxiliar administrativa junto ao Departamento Fiscal da Coaf, e Aluísio Girardi, apontado como lobista, não compareceram à sessão.