Folha de S. Paulo


Maia diz que respeitará a 'média dos prazos' para votar cassação de Cunha

Alan Marques/Folhapress
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, dá entrevista no salão Verde da Congresso Nacional
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta (10) que vai respeitar a "média histórica dos prazos" para votar a cassação do mandato do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"Dentro da média histórica dos prazos em que os processos vieram a plenário, eu vou respeitar tudo, e assim será feito. Não vou sair fora da média para estar beneficiando, nem antecipar para estar prejudicando."

Maia disse que anunciará ainda nesta quarta (10) a data da votação, após terminar de consultar os líderes.

Segundo publicado pelo Painel nesta quarta, Maia já deu sinais de que colocaria o caso em votação após a decisão final sobre o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, o que deve ocorrer entre o final de agosto e o início de setembro.

A semana de 12 de setembro, após a decisão sobre o impeachment e após o feriado de 7 de setembro, é uma das possibilidades.

Votar após a decisão do impeachment é o que quer a base do governo do presidente interino, Michel Temer. A oposição, porém, quer votar antes.

Maia situou a média histórica como quatro ou cinco semanas. Segundo a secretaria-geral da Mesa, a média dos casos analisados desde 2011 é de 19 dias úteis (cerca de quatro semanas) após a publicação, no diário da Casa, da leitura dos relatórios em plenário, o que ocorreu nesta segunda (8).

"Votar antes da eleição é fundamental", disse Maia. "E eu duvido que o plenário, independente da data, não estará presente para votar a cassação do deputado Eduardo Cunha", afirmou, mencionando a possibilidade de falta de quórum frente ao período eleitoral.


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