A candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Luiza Erundina, defendeu sua participação em debates durante caminhada em São Miguel Paulista, zona leste, nesta sexta-feira (5).
Em terceiro lugar na disputa, segundo o Datafolha, a candidata não tem a participação garantida segundo a nova lei eleitoral. A regra determina a realização de debates com candidatos de partidos que tenham mais de nove deputados federais –o PSOL tem seis.
Para participar, Erundina depende da aprovação de dois terços dos outros integrantes do debate.
"Os candidatos estão tremendo de medo e não querem me deixar ir para a televisão", disse Erundina. "Por que vocês [candidatos] não querem que a Erundina vá debater com vocês, vocês tem medo do quê?", completou.
Durante a caminhada, a candidata foi abordada principalmente por mulheres idosas, que elogiaram sua gestão na Prefeitura, de 1989 a 1992.
"Comecei por aqui [São Miguel Paulista] porque tem muito cabeça chata aqui", disse a candidata nascida na Paraíba, em referência aos conterrâneos nordestinos.
Aos mais jovens, ela questionava: "Sabe quem eu sou? Pergunte aos seus pais".
Ivan, apresentado como "o homem que tirou [Eduardo] Cunha da Câmara", criticou a restrição à Erundina nos debates. "Estamos sendo censurados", disse.
Ele também falou contra a reforma da Previdência. "Querem mais sacrifício dos trabalhadores para pagar a conta da crise. Nós queremos que os ricos paguem a conta da crise", disse.
"Nós vamos criar alternativa de trabalho e renda. Emprego com carteira assinada o mercado já não absorve. A prefeitura vai bancar programas para gerar alternativa", disse Erundina.