Folha de S. Paulo


Doria terá encontro com FHC para tentar unir PSDB na eleição em SP

Taba Benedicto - 24.jul.16/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL, 24-07-2016, 14h30: O candidato a prefeitura de Sao Paulo pelo PSDB Joao Doria, participa da convencao do partido na FECOMERCIO, na regiao central de Sao Paulo, na tarde deste domingo (24). (Foto: Taba Benedicto/Folhapress, COTIDIANO)***EXCLUSIVO FOLHA****
O candidato tucano, João Doria, com o governador Geraldo Alckmin em convenção do PSDB

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, disse nesta quinta-feira (28) que vai se encontrar com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na próxima semana numa tentativa de unir o partido em torno de sua candidatura.

Doria disse que procurou FHC após a convenção que oficializou seu nome para a disputa, no último domingo (24).

"O presidente [FHC] tem demonstrado com muita clareza os seus sinais de unidade partidária. Ele já mencionou isso a mim depois da convenção. A mim ele já manifestou, agora vai ter oportunidade de fazer isso publicamente", afirmou.

"Ele é uma referência de estruturação do PSDB, é um homem de partido", completou.

A escolha de Doria para concorrer à prefeitura dividiu a cúpula do PSDB em São Paulo. O empresário é apoiado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas não conta com a simpatia de tucanos históricos como o ministro José Serra (Relações Exteriores) e o ex-governador Alberto Goldman.

O nome que recebia apoio do grupo ligado a Serra era o do vereador Andrea Matarazzo, que acabou saindo do PSDB e migrando para o PSD. Nesta semana, Matarazzo fechou aliança com Marta Suplicy (PMDB) e será vice na chapa dela.

Amigo de Matarazzo, Serra aconselhou o vereador a unir-se a Marta na disputa.

Questionado sobre essa aliança entre PMDB e PSD, Doria disse que respeita todas as candidaturas e que nenhuma, em específico, causa-lhe preocupação.

O empresário deu as declarações em um evento que oficializou a entrada do PTN em sua coligação, que agora tem 13 partidos e é a maior da cidade.

Durante seu discurso no evento, o empresário declarou que respeita os correligionários que discordam dele, em referência a Serra. "Não faço política com o fígado."

Ele disse, porém, que nenhum tucano deve fazer campanha para candidatos de outros partidos.

"Entendo que eles [do grupo de Serra] ou silenciarão ou farão a sua campanha dentro do campo do PSDB. Não faz sentido democratas filiados e com trajetória no PSDB fazerem campanha para outro candidato fora do PSDB. Tenho convicção de que, ao se manterem no PSDB, farão campanha pelo PSDB ou deixarão de fazer campanha."

Na raiz do racha tucano está a disputa à Presidência da República em 2018. Tanto Alckmin como Serra, possíveis candidatos à presidência, querem ter na prefeitura um aliado seu.


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