O vereador Andrea Matarazzo (PSD) sinalizou que desistirá de sua campanha à Prefeitura de São Paulo e negocia condições para ser candidato a vice na chapa de Marta Suplicy (PMDB).
Em reunião no final da tarde deste domingo (24), PSD e PMDB fecharam a coligação para a eleição municipal, mas o papel de Matarazzo ainda é objeto de discussão.
Segundo a Folha apurou com as campanhas do PMDB e do PSD, o vereador afirmou que conversaria com aliados, e Marta precisará renegociar com o PTB, que havia fechado a aliança indicando Marlene Campos Machado como candidata a vice.
A aliança vinha sendo articulada pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o presidente municipal do PMDB, José Yunes, com o apoio do chanceler José Serra, aliado de Matarazzo.
A expectativa é que o vereador tenha protagonismo na campanha e, caso a chapa seja eleita, ele não seja um vice tradicional, mas ocupe espaço no governo.
Se confirmada, a chapa Marta-Matarazzo agregará os votos de Marta na periferia e os de Matarazzo, quadro histórico do PSDB que deixou o partido durante as prévias que indicariam João Doria o pré-candidato do PSDB.
Segundo pesquisa Datafolha de julho, Marta é a segunda colocada na disputa com 16% das intenções de voto. Matarazzo é o sétimo, com 3%.
O governador tucano Geraldo Alckmin se empenha na eleição de Doria como possível trunfo para a sua provável candidatura a presidente em 2018, eleição que Serra também quer disputar.
O governador pôs cargos da sua administração à disposição de partidos como o PP e o PV em troca de apoio a Doria.
Com isso, o tucano fechou um arco de alianças com 11 partidos e tempo de televisão próximo ao do prefeito Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição.
Procurado, Matarazzo negou ter tomado a decisão.