Folha de S. Paulo


Processo de Marcos Valério no mensalão tucano em MG é suspenso

Jackson Romanelli - 1º.fev.2013/Agência O Globo
BELO HORIZONTE, MG, BRASIL, 01-02-2013: O publicitário Marcos Valério, envolvido no escândalo do mensalão, sai da sede da Polícia Federal em Belo Horizonte (MG), após depor acompanhado pelo advogado Sérgio Marcelo (atrás). (Foto: Jackson Romanelli /Infinito/Agência O Globo) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
O publicitário Marcos Valério, envolvido no escândalo do mensalão, sai da Polícia Federal

O processo do mensalão tucano que envolve o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza teve o andamento suspenso pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A medida foi tomada após pedido da defesa de Valério.

Desde junho, ele negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público do Estado, que também precisa ser aceito pela Procuradoria-Geral da República por envolver pessoas com foro privilegiado.

O ação tem como réus Valério e seus antigos sócios, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, todos já condenados pelo mensalão do PT.

No dia 1º de julho, a juíza Melissa Lage Giovanardi, responsável pelo caso, cancelou a audiência que ouviria Valério e, após consultar o Ministério Público, determinou a suspensão.

Outros processos relativos ao caso, como o do ex-governador de Minas Eduardo Azeredo (PSDB), continuam a tramitar.

Valério cumpre pena de 37 anos, desde 2012, por formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e peculato. Ele está preso no Complexo Penitenciário de Nelson Hungria, em Contagem (Grande Belo Horizonte).

A reportagem não conseguiu falar com o advogado de Valério, Jean Robert Kobayashi Júnior, nesta quarta (20).

O mensalão tucano é considerado um "embrião" do petista, e envolve um esquema de desvio de recursos públicos para irrigar a fracassada campanha de reeleição do então governador Eduardo Azeredo (PSDB).

Em dezembro, Azeredo foi condenado a 20 anos e de 10 meses de prisão por peculato e lavagem de dinheiro. Ele recorre em liberdade e nega as acusações.


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