Folha de S. Paulo


Temer escolhe Rose de Freitas como líder no Congresso

Pedro Ladeira - 8.out.2015/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 08-10-2015, 15h00: A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da CMO (Comissão Mista de Orçamento) durante coletiva de imprensa para falar sobre o processo de votação das contas do governo Dilma que foram rejeitadas pelo TCU na noite de ontem. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) durante coletiva de imprensa em 2015

Com o apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente interino, Michel Temer, escolheu a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) para a liderança do governo no Congresso.

O governo pretende anunciar a escolha nesta terça-feira (21). O nome da vice-líder da bancada peemedebista tem o apoio da bancada do PMDB e conta com a simpatia de líderes da base aliada de partidos como PSDB e DEM, que foram consultados e sinalizaram aprovação à indicação.

Segundo assessores e auxiliares presidenciais, pesou na escolha o "perfil combativo" da senadora, apelidada no Palácio do Planalto de o "Geddel de saias", uma referência ao estilo direto e incisivo do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).

Em conversas reservadas, o presidente interino tem reclamado que os lideres da base aliada não têm feito uma defesa enfática do Palácio do Planalto e das medidas econômicas apresentadas pelo governo federal.

Na semana passada, em jantar no Palácio do Jaburu, o peemedebista cobrou da base aliada um "discurso mais sólido" e de "maior combatividade". Ele concordou em dar orientações à equipe de ministros para que eles municiem os líderes com informações e dados governamentais.

Além de Rose, o Palácio do Planalto chegou a cogitar o nome da senadora Simone Tebet (PMDB-MS), mas acabou desistindo devido à resistência interna de integrantes do próprio partido.

Aliada do presidente do Senado Federal, Rose foi presidente da CMO (Comissão Mista de Orçamento) no ano passado e conduziu a aprovação, antes do final do ano, do Orçamento de 2016, o que foi visto como uma vitória do governo da presidente afastada Dilma Rousseff.

Ela também encaminhou a análise que a comissão fez sobre as contas presidenciais de 2014, que foram reprovadas com ressalvas pelo TCU (Tribunal da Contas da União).

A senadora sofreu um AVC no início de maio e, mesmo ainda debilitada, fez questão de participar da sessão plenária que analisou a admissibilidade do impeachment da petista.

A peemedebista votou pelo afastamento temporário da presidente. Sua atitude de participar da sessão foi elogiada pelo presidente interino.


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