Afastado do mandato e da presidência da Câmara por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pretende voltar a fazer pronunciamentos regulares à imprensa para rebater as acusações de que é alvo.
Ele planeja uma grande entrevista coletiva já nesta segunda (20), e criou expectativa entre aliados sobre qual será o teor do comunicado.
Nas últimas semanas, cresceu a pressão para que ele renuncie ao comando da Casa, abrindo espaço para novas eleições entre os deputados, em troca da possibilidade de se livrar da cassação.
Cunha, no entanto, tem feito suspense sobre o teor do comunicado. Pessoas próximas ao peemedebista dizem que ele quer voltar a se posicionar. "Tenho que voltar a me comunicar", disse Cunha a um interlocutor.
"Se eu não falar, não rebater, é um massacre", teria avaliado.
O peemedebista, que tem evitado ir à Câmara para não agravar a indisposição do Judiciário com sua atuação, planejava falar em um hotel, em Brasília, para não reavivar o hábito da imprensa de fazer longos plantões em frente à sua residência oficial.
Cunha pretende reforçar que houve "nulidades" na tramitação de seu processo do Conselho de Ética da Câmara, colegiado que acabou aprovando relatório que recomenda a cassação do mandato do peemedebista.