Folha de S. Paulo


Renan diz que delação 'não prova nada' e que não tem nada a temer

Alan Marques - 11.mai.16/Folhapress
BRASÍLIA, DF, BRASIL, 11.05.2016. O o presidente do Senado, Renan Calheiros, dá inicio a a sessão do Senado Federal para votar o pedido de Impeachment da presidente Dilma Rousseff. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), durante sessão da Casa

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rebateu nesta quarta-feira (15) as acusações feitas contra ele pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado em sua delação premiada.

De acordo com o senador, seu nome é citado em uma delação "que não prova nada". Mesmo assim, Renan elogiou a decisão do Supremo Tribunal Federal de tornar público o conteúdo das acusações feitas por Machado.

"[A delação] cita mas não prova nada. Com relação a mim, eu nunca autorizei ninguém parar falar em meu nome em nenhum lugar e todas as doações que recebi, para campanhas eleitorais, foram doações legais e com contas prestadas e aprovadas pela Justiça, de modo que eu não tenho absolutamente nada a temer", disse.

Machado afirmou que Renan e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) receberam mesadas durante anos do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

Segundo ele, os políticos o procuravam pedindo doações e, em seguida, Machado solicitava os repasses às empreiteiras que tinham contratos com a Transpetro.

No caso de Renan, Jucá e do ex-presidente José Sarney, Machado relatou que eles receberam tanto por meio de doações oficiais como de dinheiro em espécie. O ex-presidente da Transpetro detalhou quais doações feitas a eles podem ser consideradas como propina.

Apesar de ter sido citado por Machado, Renan elogiou a decisão do ministro Teori Zavascki, do STF, de tornar pública a delação premiada.

"Eu quero cumprimentar o STF. Acho que o pior que pode acontecer nessas delações fantasiosas é você ser acusado sem saber do que é acusado, ainda depois de vazamentos propositados. É muito boa essa decisão do Supremo que torna essas delações públicas", disse Renan.


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