Folha de S. Paulo


Ministro diz que não influencia voto de deputada do PRB sobre Cunha

Pedro Ladeira - 8.jun.16/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 08-06-2016, 11h00: O presidente interino Michel Temer, acompanhado dos ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Eliseu Padilha (Casa Civil), Marcos Pereira (Indústria, Comércio exterior e serviços) e Moreira Franco (Secretaria de investimentos), e do presidente da FIESP, Paulo Skaf, durante encontro com empresários no Palácio do Planalto. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
O ministro Marcos Pereira, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira (PRB), afirmou que não vai influenciar o voto da deputada Tia Eron (PRB-BA) para cassar ou não o mandato do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética.

Presidente licenciado do PRB, Pereira é visto como o principal influenciador do voto da deputada baiana. Como a disputa está apertada, Tia Eron é o voto decisivo no conselho que pode cassar ou absolver Cunha.

"A deputada Tia Eron tem toda liberdade para votar com a consciência dela. Sou presidente licenciado do partido. Nem o presidente em exercício, Eduardo Lopes, nem eu iremos interferir no voto da deputada Tia Eron como não interferimos no voto se nenhum outro", afirmou o ministro, em evento na sede do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), no Rio.

Na terça (7), ela se ausentou e não apareceu na sessão do conselho que iria votar o processo de cassação do peemedebista. Aliados de Cunha contabilizam seu voto como pela abstenção ou absolvição, o que favoreceria o peemedebista.

"Não sei se ela vai votar contra ou a favor. Também não sei porque ela não apareceu. Ela tem liberdade para ir e vir, como todos nós brasileiros", afirmou Pereira.

O presidente licenciado do PRB disse que os pré-candidatos a prefeito este ano não devem também tentar influenciar Tia Eron. O deputado Celso Russomanno (PRB), que vai tentar a Prefeitura de São Paulo, disse que iria conversar com a colega de partido para votar pela cassação de Cunha.

"Os pré-candidatos devem se dedicar aos temas locais", disse Pereira. Russomanno e o senador Marcelo Crivella (PRB), pré-candidato a prefeito no Rio, temem que um eventual voto a favor de Cunha os prejudique na campanha municipal.


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