Folha de S. Paulo


Câmara faz teste para instalar sistema para reconhecimento facial

Sistema de reconhecimento facial na Câmara

A Câmara dos Deputados fez nesta segunda-feira (6) teste para instalação de um sistema de uma empresa colombiana de reconhecimento facial das pessoas que circulam pela Casa.

O primeiro-secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP), afirmou que a intenção é exclusivamente aumentar a segurança da Câmara e que não há qualquer objetivo de monitoramento político ou de ação contra manifestações no interior da Casa.

"Essa é uma tendência mundial", afirmou Mansur, dizendo que esse sistema já funciona em aeroportos de outros países.

O teste desta segunda foi feito no corredor que liga o Salão Verde, porta de entrada do plenário da Câmara, às comissões permanentes e outros órgãos da Casa. Uma câmera foi apontada para o corredor e gravou o rosto das pessoas que passavam pelo corredor em direção ao plenário.

As imagens podiam ser vistas em um laptop operado por um funcionário.

De acordo com representantes da empresa colombiana IDelity que acompanhavam os testes, o sistema tem capacidade para reconhecer até 400 rostos por minuto, por meio de um método a laser, a uma distância de até 30 metros.

Segundo eles, uma das funcionalidades é, a partir de cadastramento prévio ou de cruzamento com outros bancos de dados faciais, identificar imediatamente pessoas com autorização de acesso a determinados locais ou flagrar, por exemplo, procuradas pela Justiça que por ventura estejam circulando na Câmara.

O sistema poderá ser usado também para identificar parlamentares e servidores com acesso livre ao plenário da Câmara.

Mansur afirmou que a possibilidade de instalação do monitoramento ainda está em estudo. Os representantes da empresa disseram que a tecnologia empregada é norte-americana, mas não souberam dizer o custo estimado.


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