Folha de S. Paulo


Manifestantes pró-Dilma e acampados na Paulista entram em confronto

Manifestantes que defendem o governo Dilma Rousseff entraram em confronto com pessoas acampadas em frente à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na avenida Paulista, neste domingo (15). Os acampados são favoráveis ao impeachment.

O protesto contra o presidente interino Michel Temer começou às 14h na praça do Ciclista. Os manifestantes percorreram a avenida da Consolação, chegaram à praça Roosevelt por volta das 17h e retornaram à Paulista, concentrando-se em frente à Fiesp às 18h.

De acordo com Rafael Monico, petista que organizou o ato, um homem acampado ameaçou com um pedaço de ferro, e os manifestantes reagiram com chutes contra as barracas. Segundo Bibiana de Oliveira, que acampa desde março, quem começou o confronto foram os manifestantes.

Organizadores da manifestação pediram para que as pessoas seguissem a passeata e reclamaram para a polícia que os acampados portavam armas brancas e não haviam sido revistados.

Confusão entre manifestantes pró e contra o impeachment

Segundo o Coletivo pela Democracia, o protesto reuniu 10 mil pessoas. A Polícia Militar não divulgou estimativa.

Os manifestantes, que dizem não reconhecer o novo governo, levaram cartazes com os dizeres "Fora, Temer" e em defesa de Dilma e das mulheres. Crianças e idosos participaram do ato.

Um grupo tocou pandeiro e berimbau cantando músicas contra a posse de Temer.

A química Paloma de Queiroz, 23, foi por conta própria em apoio à presidente afastada e promete frequentar todos os atos até o fim do processo de impeachment.

"Já que teve o golpe, temos que fazer ela voltar. A rua é muito importante para mostrar que a Dilma tem apoio", disse.

Neste domingo, também houve manifestações pró-Dilma em Belo Horizonte e Curitiba.


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