Folha de S. Paulo


Afastado, Cunha deve ter direito a residência oficial e metade do salário

Eduardo Anizelli/Folhapress
GALERIA DA SEMANA - MAIO 01 - BRASILIA, DF, BRASIL, 05-05-2016, 19h00: O presidente da camara Eduardo Cunha, durante entrevista coletiva a imprensa na residencia oficial do presidente da camara, em Brasilia. Cunha foi afastado do cargo e do mandato pelo STF.
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) durante coletiva na residencia do presidente da Câmara

A Mesa Diretora da Câmara deve anunciar nesta sexta-feira (6) o ato que definirá o que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) terá direito em seu período de afastamento do mandato e do cargo de presidente da Câmara.

Segundo o primeiro-secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP), a ideia é reservar a Cunha direitos proporcionais ao que a presidente Dilma Rousseff deve ter caso seja afastada em decorrência da abertura do seu processo de impeachment.

Com isso, Cunha deverá ter direito a metade do salário de deputado –ou seja, R$ 16.881 dos atuais R$ 33.763– e, possivelmente, à permanência na residência oficial da presidência da Câmara, no Lago Sul de Brasília. Caso seja afastada, Dilma poderá permanecer no Palácio da Alvorada.

De acordo com o ato que está sendo elaborado pela Mesa Diretora, Cunha perderá direito à cota de R$ 78 mil mensais para o pagamento de salário de assessores, além do chamado "cotão", de R$ 32.500, verba usada mensalmente para reembolso de gastos como aluguel de escritório, transporte e alimentação. Ele perderá também acesso ao fornecimento de material de expediente e de serviços gráficos.

Havia dúvida se Cunha poderá continuar a usar aeronaves da FAB, reservadas para autoridades como o presidente da Câmara.

A interpretação inicial da área técnica da Casa era a de que por estar suspenso do mandato parlamentar, Cunha não poderia ter direito a nada relativo ao mandato. Mas na manhã desta sexta já havia a evolução para uma solução política intermediária.


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