Folha de S. Paulo


Renan quer instalar comissão especial do impeachment na próxima semana

Renato Costa/Folhapress
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fala com a imprensa ao chegar ao Senado Federal, nesta terça-feira (15), em Brasília (DF).
O presidente do Senado, Renan Calheiros

Em um aceno ao governo de que não aceitará pressão da oposição para antecipar a tramitação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), indicou nesta segunda-feira (18) que pretende instalar a comissão especial sobre o caso na semana que vem.

Setores pró-impeachment no Senado querem iniciar os trabalhos do colegiado ainda nesta semana. Apesar de o plano agradar a base governista, Renan deixou claro que não irá postergar a votação em plenário sobre a admissibilidade do processo, que, se for aprovado, determinará o afastamento da presidente Dilma do comando do país por 180 dias.

A estratégia do peemedebista é fazer a leitura do processo na sessão deliberativa do plenário desta terça (19) e abrir o prazo de 48 horas para a indicação dos partidos dos nomes que comporão a comissão até sexta (22), considerando que quinta (21) é feriado e, portanto, o prazo é suspenso neste dia.

"Amanhã [terça] vamos conversar sobre a indicação dos nomes das bancadas e os líderes partidários certamente precisarão de 48 horas para que possam definir o que vai acontecer com a eleição de presidente e relator", disse Renan. "Vou pedir aos líderes a presteza e a celeridade na indicação dos nomes, mas não podemos obrigar que eles façam isso em menos de 48 horas", afirmou.

Dessa forma, a instalação da comissão e a eleição de seu presidente e relator do processo aconteceria apenas na segunda (25). A ideia é que a votação em plenário ocorra até 11 de maio mas parte da oposição tenta pressionar Renan para que a comissão acelere os trabalhos de forma a viabilizar a votação na primeira semana de maio.

PRÓXIMOS PASSOS DO IMPEACHMENT NO SENADO


Endereço da página:

Links no texto: