Folha de S. Paulo


Aliado de Temer diz que seu grupo tem 'estoque de votos'

Pedro Ladeira/Folhapress
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) discursa na tribuna do Senado Federal, em Brasília (DF)
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) discursa na tribuna do Senado Federal, em Brasília (DF)

Presidente interino do PMDB e aliado do vice-presidente Michel Temer, o senador Romero Jucá (RR) disse que o governo vem promovendo um "ataque especulativo" sobre os deputados nas últimas horas, mas que no QG peemedebista o clima é de tranquilidade. Ele ainda criticou o clima de acirramento e a briga entre seguranças do ex-presidente Lula e militantes pró-impeachment. "Até para perder tem que ter elegância."

O peemedebista falou ao chegar na residência oficial de Temer, em Brasília. "É natural que o governo tente fazer um esforço, não esperávamos que eles ficassem de braços cruzados. Mas confiamos que os parlamentares tem responsabilidade com o país", disse Jucá.

Ele afirmou que os aliados de Temer tinham uma "reserva de votos" para exibir quando houvesse a escalada da ofensiva do governo contra o impeachment. "Em todos os planares o que se vê é o aumento dos votos [pró-impeachment]. Agora é acompanhar e esclarecer qualquer tipo de dúvida", afirmou.

Jucá ainda rebateu as críticas do ex-presidente Lula a Temer. Em evento na manhã deste sábado, o petista afirmou que o vice de Dilma buscava uma "atalho" para o poder. "O que Lula chama de atalho, eu chamo de constituição. Nós temos um calendário de eleições. Teremos eleições municipais em 2016 e depois em 2018. Vamos ver qual dos dois partidos vai se sair melhor", provocou.


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