Folha de S. Paulo


Oposição tenta barrar na Justiça pronunciamento de Dilma

A oposição entrou nesta sexta-feira (15) com uma ação na Justiça Federal de Brasília para barrar o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, em cadeia nacional de rádio e televisão, às vésperas da votação do processo de impeachment na Câmara.

A ação civil pública, movida pelo Solidariedade, argumenta que não há previsão constitucional para que a cadeia nacional de rádio e TV seja acionada pela presidente para tratar de fins pessoais.

"O presidente da República poderá convocar as emissoras prestadoras dos serviços de radiodifusão sonora (rádio) e de sons e imagens (TV) tendo por escopo a preservação da ordem pública e da segurança nacional ou no interesse da administração, jamais, pois, para interesse pessoal", disse.

Com o aumento da debandada de aliados e a pressão pelo impeachment, a presidente decidiu fazer um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, às 20h desta sexta-feira (15), para pedir apoio contra o impeachment de seu mandato.

Segundo a Folha apurou, a presidente afirmará que os defensores do impeachment podem até ter suas justificativas, mas que a história os deixará com a "marca do golpe".

No discurso gravado na manhã desta sexta-feira (15), no Palácio da Alvorada, a petista ressaltou ainda que não pesa nenhuma denúncia de corrupção contra ela e que o impeachment pode representar um perigo para a democracia brasileira.


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