Folha de S. Paulo


PGR reúne elementos contra deputado federal Aníbal Gomes

A PGR (Procuradoria-Geral da República) reuniu elementos para denunciar o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) ao STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de envolvimento com a Lava Jato. Ele deve ser acusado de corrupção e, possivelmente, lavagem de dinheiro.

O parlamentar é apontado como elo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com o esquema de corrupção da Petrobras.

Segundo investigadores, o avanço das apurações na direção de Aníbal ajudará a fechar o cerco a Renan. Por isso, a intenção é só formalizar as acusações contra Aníbal junto ao STF depois de recolher todas as provas a respeito da suposta atuação do presidente do Senado no esquema de corrupção da Petrobras.

Ao concluir que Aníbal cometeu crimes, pela primeira vez, a Lava Jato chega em alguém do núcleo de relações do presidente do Senado.

Dos nove inquéritos que investigam a suposta participação de Renan na Lava Jato, Aníbal é alvo de seis.

O alagoano é suspeito de envolvimento de fraudes na contratação de consorcio Estaleiro Rio Tietê pela Transpetro e suspeita de propina para viabilizar a venda da participação da Petrobras na empresa argentina Transener ao grupo Electroingenieria, também do país, entre outros.

OUTRO LADO

Segundo a defesa de Aníbal, ele nega que tenha negociado, oferecido ou recebido qualquer vantagem indevida.

Procurado, Renan informou, por meio da assessoria de imprensa, que jamais "autorizou, credenciou ou consentiu" que seu nome fosse usado por terceiros. Diz ainda que já prestou todos os esclarecimentos, mas continua à disposição das autoridades.


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