Folha de S. Paulo


Prova de escândalo da merenda some da Secretaria de Educação de SP

Um documento tido como prova importante para o andamento das investigações da operação Alba Branca sumiu da Secretaria de Estado da Educação.

A operação apura o pagamento de propina em contratos superfaturados de merenda com o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e cidades paulistas.

O documento tratava de um pedido de reequilíbrio financeiro de um contrato da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar) com o governo de Geraldo Alckmin.

Ele foi citado em uma conversa entre o lobista Marcel Ferreira Julio –que se entregou à Polícia Civil de Bebedouro nesta quinta-feira (31)– e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil Luiz Roberto dos Santos, conhecido como "Moita".

Na gravação, realizada com aval da Justiça, os dois discutem uma maneira de aumentar o valor dos contratos.

O sumiço do documento foi descoberto pela Corregedoria-Geral do Estado, que também apura o caso.

Ao jornalístico "Bom Dia São Paulo", da TV Globo, o corregedor-geral Ivan Agostinho disse que a última funcionária que teve acesso ao documento não soube dizer como ele desapareceu do local.

Questionado nesta sexta-feira (1°) sobre o sumiço do documento, José Eduardo Vasconcelos, delegado seccional de Bebedouro responsável pelas apurações das fraudes na merenda escolar, afirmou ter ficado "perplexo".

"É surpreendente", afirmou o delegado.

A Secretaria da Educação do Estado informou, por meio de nota, que a pasta já abriu uma investigação sobre o assunto e pediu que um membro da Corregedoria também acompanhe o processo.

Ainda de acordo com o comunicado, a secretaria está "colaborando com as investigações e prestando todos os esclarecimentos necessários".

Fraude da Merenda


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