Folha de S. Paulo


Reunião do PMDB terá transmissão ao vivo e link no site da TV Câmara

Renato Costa-12.mar.16/Folhapress
 BRASILIA, DF, BRASIL, 12/03/2016, O Vice Presidente Michel Temer, Renan Calheiros Pres,do Senado e O Presidente da Camara dos Deputados,Eduardo Cunha,durante a convenção nacional do PMDB em Brasilia,neste sabado 22. (Foto: Renato Costa/Folhapress, PODER)
Líderes do PMDB durante convenção do partido em Brasília

A reunião que selará o fim da aliança entre o PMDB e o governo da presidente Dilma Rousseff será aberta à imprensa, com possibilidade de transmissão ao vivo por emissoras e televisão e contará até com um link no site da TV Câmara.

Procurada, a assessoria do presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), justificou a medida dizendo que a reunião ocorrerá em uma das salas destinadas às comissões e que é praxe a TV Câmara veicular eventos que ocorrem nas instalações da Casa. Cunha foi o primeiro peemedebista a romper publicamente com o governo Dilma e é visto como um dos principais adversários do Planalto.

A decisão de dar a maior publicidade possível ao ato, que acontecerá nesta terça-feira (29), às 15h, foi fechada nesta segunda (28), logo após a cúpula do partido definir que o desembarque se dará por aclamação, numa demonstração de unidade da legenda em torno do posicionamento.

Mesmo antes de ser oficializado, a saída do PMDB da base aliada de Dilma já trouxe consequências práticas para o governo. Como antecipou a Folha, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, pediu demissão do cargo esta noite.

Na carta em que oficializa do desejo de deixar o posto, Henrique Alves cita o vice-presidente da República Michel Temer, principal beneficiário de um impeachment de Dilma.

Peemedebista há 46 anos, o ministro diz que "o momento nacional coloca agora o PMDB diante do desafio de escolher o seu caminho, sob a presidência de meu companheiro de tantas lutas, Michel Temer".

Ele encerra o documento dizendo que pede demissão por "coerência" e cita a "luta por um Brasil melhor". Ele ainda menciona a lealdade ao PMDB ao se dirigir diretamente a Dilma na carta de demissão.

"Estou certo de que sendo a senhora [Dilma] alguém que preza, acima de tudo, a coerência ideológica e a lealdade ao seu próprio partido, entenderá minha decisão".


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