Folha de S. Paulo


PUC-SP manifesta 'descontentamento' com ação da PM em protesto

A reitora da PUC-SP, Anna Maria Marques Cintra, afirmou nesta terça-feira (22), em nota, que está descontente com a atuação da Polícia Militar na manifestação desta segunda (21), na rua Ministro Godói, em frente à faculdade.

"Pelo presente ofício vimos manifestar nosso descontentamento com as ações da Polícia Militar frente as manifestações", diz o texto. A reitoria volta a afirmar que "lamenta o ocorrido, além de ser contra qualquer ato de violência".

Alunos da universidade haviam pedido, em ato nesta terça de manhã, que a PUC condenasse publicamente as ações da PM.

A faculdade havia divulgado nota afirmando "lamentar profundamente os episódios de violência que se deram" nas manifestações.

"É uma vergonha que a PUC apenas 'lamente' que estudantes tenham sido agredidos pela Polícia Militar de São Paulo", reclamou o estudante de Direito Vitor Bastos.

CONFRONTO

Na noite desta segunda-feira (21), um ato pró-impeachment em frente à PUC-SP, em Perdizes, na zona oeste, terminou com tumulto e confronto com a polícia.

Manifestantes contrários ao impeachment se reuniram ao lado do protesto, e a polícia separou os dois grupos. Após o fim do ato, o grupo contrário à manifestação começou a gritar "não acabou/ tem que acabar/eu quero o fim da Polícia Militar". Policiais então dispararam balas de borracha, de efeito moral e lançaram gás de pimenta contra os estudantes.

Do prédio, alunos começaram a atirar objetos contra a polícia e estudantes pró-impeachment. Uma bomba de efeito moral foi jogada dentro do prédio e um aluno foi atingido por uma bala de borracha e teve de ser levado ao hospital.

A Folha não conseguiu entrar em contato com a Secretaria da Segurança Pública. A Polícia Militar disse, por meio de nota, que "estudantes começaram a arremessar garrafas e latas e os policiais militares precisaram conter as agressões".


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