Folha de S. Paulo


Lideranças pró-Lula prometem 'vigília' no Tribunal de Justiça

Cerca de 350 pessoas ligadas a grupos em defesa de Lula se reúnem na noite desta quinta-feira (10) na sede da Apeoesp para articular manifestações a partir desta sexta (11) contra o pedido de prisão do ex-presidente.

A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, convocou militantes para um protesto na frente do Tribunal de Justiça (TJ).

A entidade diz que já irá alugar um carro de som para isso. Em votação, a maioria disse ser favorável ao ato, previsto para começar às 11h na praça da Sé.

"Já teve a ofensiva de sexta (depoimento de Lula), e a gente foi para a rua, mas não bastou. Pediram a prisão do Lula. Defendo que a gente faça um grande ato amanhã na frente do TJ (Tribunal de Justiça)", disse Noronha.

"Vamos gritar nossa palavra de ordem de que não vamos aceitar medidas arbitrárias", afirmou Noronha, conhecida como Bebel.

Vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão (PC do B), disse que o dia 18, data do próximo grande ato em defesa do ex-presidente, "ficou muito longe", disse.

O deputado estadual José Zico Prado defendeu que o ato comece às 11h na frente do TJ.

"Vamos às 11h porque os coxinhas só começam a trabalhar a partir do meio-dia mesmo", disse Prado.

RUI FALCÃO

O presidente do PT, Rui Falcão, está orientando as pessoas a não se manifestarem em frente ao TJ, pois o órgão "é a segunda instância e não vai decidir sobre o pedido de prisão [que está mãos de uma juíza de primeira instância]".

"A juíza da quarta vara criminal levou o processo para casa e só vai tomar a decisão no fim de semana", completou.

O petista sugere que, em vez de irem ao TJ, os manifestantes devem ir à casa de Lula, em São Bernardo do Campo.

"O Lula está muito tranquilo e sereno, confiante de que esse absurdo [prisão] não vai ocorrer. Ele vai dormir com a família dele, vai ter um dia normal amanhã. Uma boa iniciativa é levarem um abraço ao presidente lá em São Bernardo", afirmou.

Questionado por jornalistas a respeito de eventuais confrontos entre militantes petistas e os que defendem o impeachment da presidente Dilma, ele afirmou que isso não deve ocorrer.

"A nossa militância não é violenta. Quem é violento são os que nos chamam de petralhas, quem leva um ex-presidente para depor de maneira coercitiva. Não vamos devolver na mesma moeda", disse Falcão.


Endereço da página:

Links no texto: