Folha de S. Paulo


Em aniversário do panelaço, Dilma fará homenagem apenas nas redes

Renato Costa/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 13/02/2016,A Presidente Dilma Rousseff acompanha o Dia de Mobilização Nacional contra o Mosquito Aedes aegypti na sala de controle do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres:. (Foto: Renato Costa/Folhapress, PODER)
Presidente Dilma Rousseff

Com receio de sofrer novo panelaço, a presidente Dilma Rousseff decidiu fazer homenagem ao Dia da Mulher nesta terça-feira (8) nas redes sociais, evitando fazer pronunciamento em cadeia nacional de televisão e rádio.

Em mensagens, a petista enviou um abraço às mães brasileiras e lembrou que há um ano sancionou a Lei do Feminicídio, que transformou o assassinato de mulheres decorrentes de violência doméstica ou discriminação de gênero em crime hediondo.

A manifestação da presidente ocorre há exatamente um ano do primeiro panelaço contra a petista. A intenção de evitar a cadeia nacional tem sido tomada pelo governo federal nas últimas datas comemorativas, como no Dia do Trabalho e no Dias das Mães.

"Temos que consolidar conquistas e ampliar direitos. Rumo a uma cidadania plena", defendeu. "Nos últimos 13 anos, o governo federal tem tido como prioridade a questão de gênero e a garantia dos direitos das mulheres", acrescentou.

Segundo a Folha apurou, a presidente foi orientada durante toda a semana passada a gravar um vídeo em homenagem ao Dia da Mulher para ser veiculado nas redes sociais. Até a tarde desta terça-feira (8), no entanto, a petista ainda resiste.

Além da homenagem nas redes sociais, a presidente decidiu trazer para o Palácio do Planalto evento, programado anteriormente para o Ministério da Saúde, de assinatura de portaria que institui as diretrizes para a realização pelo SUS (Sistema Único de Saúde) de cirurgias reparadoras de sequelas causadas por violência contra a mulher.

O intuito da iniciativa é evitar eventuais críticas de que a presidente teria ignorado o Dia da Mulher.

MARCHA DAS MULHERES

Movimentos feministas realizam nesta terça a Marcha Mundial das Mulheres em 22 capitais brasileiras, segundo as organizadoras.

Além de defender pautas tradicionais do feminismo, como a legalização do aborto, os protestos pedirão a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara e se posicionarão contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Em São Paulo, os manifestantes se concentram a partir das 16h no vão do Masp. De lá, descem a rua Augusta em direção à Praça da República onde o ato se encerra.


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