Folha de S. Paulo


PT aponta 'ameaça à legalidade' na Lava Jato e critica ação no TSE

O diretório nacional do PT aprovou nesta sexta (26), no Rio, uma resolução que aponta "ameaça à legalidade democrática" na Operação Lava Jato, que investiga alguns dos principais dirigentes do partido.

O documento apresenta o ex-presidente Lula como vítima de uma campanha "vil e asquerosa" para impedi-lo de disputar as eleições de 2018.

Redigido pelo presidente do PT, Rui Falcão, o texto diz que o partido é vítima de uma "aliança entre agremiações de direita, grupos de comunicação e círculos do aparato repressivo-judicial do Estado".

"Essa ameaça à legalidade democrática parte do regime de delações sem prova, vazamentos seletivos e investigações unilaterais, tão marcante na Operação Lava Jato e outras de configuração semelhante", afirma.

A resolução também acusa a "oposição conservadora, com o PSDB à frente" de preparar um golpe contra a presidente Dilma Rousseff.

"Na ânsia de nos destruir, já que na disputa eleitoral e de projetos só têm colecionado derrotas, os preconceituosos e privilegiados de sempre desencadearam uma campanha suja e odiosa contra o ex-presidente Lula", diz o documento.

Sem se referir diretamente às investigações que citam Lula, o texto acusa a oposição de preparar um "impeachment preventivo" para impedi-lo de voltar ao poder.

O PT critica a retomada do processo de impeachment e a ação do PSDB no Tribunal Superior Eleitoral que pede a cassação da chapa vitoriosa em 2014.

"A hipótese do TSE interessa mais aos golpistas pois a eventual é absurda impugnação da chapa vitoriosa implicaria a convocação de novas eleições", diz o texto, que acusa a "mídia monopolizada" de participar da ofensiva contra o PT.

PREVIDÊNCIA

A resolução petista pede uma "mobilização permanente" em defesa do governo Dilma, mas repete críticas ao ajuste fiscal promovido pelo governo.

"O PT não aceita que o caminho para o equilíbrio fiscal seja pavimentado por sacrifícios do povo trabalhador", afirma. O texto admite o apoio do partido a reformas na Previdência "que não levem a perda de direitos e que sejam pactuadas com o sindicalismo, as organizações populares e os movimentos sociais".


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