Folha de S. Paulo


Operação complica defesa de dono da Odebrecht

Giuliano Gomes/Folhapress
O presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso desde o ano passado na Lava Jato
O presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso desde o ano passado na Lava Jato

Focada em pagamentos no exterior ao marqueteiro João Santana, a fase Acarajé da Lava Jato trouxe complicações adicionais às defesas de Marcelo Odebrecht e de executivos do conglomerado, presos desde o ano passado.

No centro da acusação contra eles estão documentos bancários enviados pela Suíça que apontam a existência de uma rede de pagamentos de propinas por meio de empresas em paraísos fiscais.

Duas destas empresas, a Klienfeld e a Constructora Del Sur, funcionaram como escala para o dinheiro que abasteceu contas secretas de altos dirigentes da Petrobras na Suíça e em Mônaco. Até agora os investigadores tinham indicações, mas nada que ligasse a Odebrecht diretamente a essas offshores.

A Polícia Federal achou em uma conta de e-mail usada por Fernando Migliaccio, outro executivo da empresa, planilha relacionando pagamento da Klienfeld a João Santana assim como comprovantes de transferências desta offshore e da Del Sur.

Segundo a PF, estes documentos bancários foram escaneados em um escritório da Odebrecht e circularam por e-mail corporativo do grupo antes de cair no e-mail de Migliaccio.

Procurada, Odebrecht não quis se pronunciar por não conhecer os termos dos inquéritos que originaram a operação.


Endereço da página:

Links no texto: