Com a ida de executivos da Andrade Gutierrez para a prisão domiciliar, Marcelo Odebrecht, herdeiro e ex-presidente da Odebrecht, é um dos poucos empresários investigados na Operação Lava Jato que permanece atrás das grades. Ele está detido desde junho de 2015.
Seus únicos companheiros no CMP (Complexo Médico-Penal), em Pinhais (PR), são Márcio Faria e Rogério Araújo, também ex-funcionários do grupo.
Ao contrário de executivos da Camargo Corrêa, UTC, Schahin, Carioca, Toyo-Setal e agora Andrade Gutierrez, que optaram pela delação premiada para garantirem liberdade, Marcelo não cogita a possibilidade.
Em depoimento à CPI da Petrobras, em setembro, ele chamou os delatores de "dedo-duro" e disse que se suas filhas brigassem e ele perguntasse quem começou, "talvez brigasse mais com quem dedurou do que com aquela que fez o fato".
Outro complicador da situação dele são as anotações encontradas no seu celular que indicariam, segundo investigadores, uma tentativa de obstruir as investigações da operação. O executivo diz que houve erro de interpretação.