Folha de S. Paulo


Após dez dias em Itaipava com a família, Cerveró volta à prisão

Geraldo Bubniak/AGB/Ag. O Globo
Curitiba (PR) 23/12/2015 - Lava Jato - O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor CerverÓ, colaborador da operaÇAo Lava-Jato, chega no aeroporto, ele deixou o PrEDio da Superintendencia da Poli­cia Federal em Curitiba nesta quarta-feira (23) para passar o Natal e o Ano Novo ao lado das famílias. Durante o período fora da cadeia, que vai durar dez dias, entre 23 de dezembro e 2 de janeiro, ambos serão monitorados por tornozeleira eletrônica e terão escolta policial 24 horas por dia. (Foto: Geraldo Bubniak/AGB/Ag. O Globo) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Nestor Cerveró chega ao aeroporto na quarta (23), após deixar a Superintendência da PF em Curitiba

O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró retornou na manhã deste sábado (2) à carceragem da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, após saída temporária de dez dias para as festas de fim de ano. Ele estava fora desde 23 de dezembro.

O ex-executivo ficou na sua casa em Itaipava, no Rio de Janeiro, com familiares. Nesse período, foi monitorado por tornozeleira eletrônica e por escolta policial. Cerveró embarcou por volta das 11h no Rio de Janeiro em um avião de carreira acompanhado por policiais e chegou aproximadamente às 13h no prédio da PF.

A autorização da saída foi concedida pelo STF (Superior Tribunal Federal), que também liberou o doleiro Alberto Youssef para passar dez dias em uma casa alugada na região metropolitana de Curitiba. O imóvel chegou a ser reservado.

Ambos fizeram acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria Geral da República). Segundo os advogados de Cerveró e Youssef, únicos presos da Lava Jato a receberem o benefício, a autorização foi resultado da efetividade das informações que eles deram para a operação.

DESISTÊNCIA

No entanto, o doleiro desistiu do benefício por considerar as condições impostas para a saída temporária rígidas demais. O que mais pesou na decisão de Youssef foi poder passar apenas quatro horas por dia na companhia de familiares. A expectativa dele era ficar o máximo de tempo com as três filhas.

Frustrado, Youssef chegou a fazer greve de fome. A decisão de não sair foi comunicada por ele a seus advogados no dia 23 de dezembro, data prevista para que deixasse a carceragem da PF.


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