Folha de S. Paulo


Professores universitários lançam manifesto contra impeachment

Sérgio Lima/Folhapress
BRASÍLIA, DF, BRASIL, 18-12-2013: O ministro Celso Amorim e o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, falam sobre o caça sueco GRIPEN NG, que serão comprados pelo Brasil. (Foto: Sérgio Lima/Folhapress, PODER)
O ex-ministro Celso Amorim (Itamaraty e Defesa) é um dos que assinam manifesto contra impeachment

Um grupo de 480 professores das principais universidades brasileiras divulgou nesta quinta (10) um manifesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No texto, intitulado "Impeachment, legalidade e democracia", os intelectuais afirmam que o processo de impedimento da petista "serviria a propósitos ilegítimos", referindo-se ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Dentre os que endossam o manifesto estão o professor da USP e colunista da Folha André Singer, o ex-ministro Celso Amorim —que deixou o Ministério da Defesa no início deste mandato—, o presidente do Ipea, Jessé Souza, o sociólogo Antonio Candido e o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, entre outros.

Os professores ressaltam o papel do STF (Supremo Tribunal Federal) na condução do trâmite do impeachment.

"Um novo teste para a democracia consistirá, assim, em protegê-lo [o processo de impeachment] de lances obscuros ou de manobras duvidosas, cabendo ao Supremo aclarar e acompanhar, em respeito à Constituição, todas as etapas e minúcias envolvidas", escrevem os autores.

Os intelectuais afirmam que "o que está em jogo agora são a democracia, o Estado de Direito e a República".


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