Folha de S. Paulo


PDT também pede afastamento de Cunha da presidência da Câmara

Mais um partido pediu nesta quarta-feira (21) o afastamento do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados. Em nota da Executiva Nacional, o PDT pede "o afastamento imediato" do peemedebista do comando da Casa.

Com o posicionamento, o PDT se junta ao PSOL, Rede Sustentabilidade e à oposição. Apesar da nota, nenhum integrante do partido na Câmara se manifestou no plenário sobre a situação do presidente da Casa ao longo da sessão desta quarta.

O embate público também tem sido evitado pela oposição desde que reiterou, de forma tímida, nesta terça-feira (20), o pedido de afastamento de Cunha de sua função, apesar de manter conversas com o peemedebista nos bastidores com vistas à não inviabilizar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No texto, o partido alega que Cunha cometeu "comprovada quebra de decoro parlamentar" e que "perdeu as condições políticas de se manter à frente da Câmara Federal, e deve se afastar das suas funções".

Também na nota divulgada pelo PDT, assinada pelo presidente, Carlos Lupi, os líderes na Câmara, Afonso Motta (RS), e no Senado, Acir Gurgacz (RO), a sigla se posiciona de forma contrário ao impeachment de Dilma. Esta manhã a oposição protocolou um novo pedido para que a petista perda o cargo.

"O PDT não compactua e não apoia qualquer possibilidade de impeachment que não esteja dentro das regras constitucionais estabelecidas no Brasil".

Os deputados pedetistas não costumam apoiar o governo nas votações da Câmara. Há cerca de dois meses, o partido declarou independência nas deliberações na Casa, após indisposições com a liderança do governo.


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