O juiz federal Sergio Moro mandou soltar nesta segunda-feira (19) o executivo Cesar Ramos Rocha, um dos diretores da empreiteira Odebrecht detidos na 14ª fase da Operação Lava Jato, em junho.
Ex-diretor-financeiro da companhia, ele é réu em duas ações penais em que é acusado de crime de corrupção ativa em projetos da Petrobras.
Moro entendeu que os efeitos de uma decisão do Supremo Tribunal Federal da semana passada que liberou outro executivo da Odebrecht, Alexandrino Alencar, também se estendem a Ramos Rocha.
No despacho, o juiz federal determina que o executivo tenha seu passaporte apreendido e que não tenha contato com outros investigados. Também precisará comparecer a todos os atos do processo e informar periodicamente suas atividades à Justiça. Segundo a companhia, o investigado se desligou da empresa após a prisão.
Ao libertar Alexandrino Alencar, o ministro Teori Zavascki entendeu que não ficou comprovado que o suspeito poderia interferir nas investigações, que era o argumento para a manutenção da prisão preventiva.
Moro, porém, manteve a prisão preventiva de outros três executivos da Odebrecht, incluindo o presidente do grupo, Marcelo Odebrecht.
Com a decisão do juiz, cai para 27 o número de réus ou condenados da Lava Jato mantidos presos no Paraná. Neste ano, foi a quinta vez que Moro reviu a prisão preventiva de um suspeito detido na operação.