Folha de S. Paulo


Não acredito em ruptura institucional, diz Dilma sobre impeachment

Jonathan Nackstrand/AFP
Swedish Prime Minister Stefan Lofven (L) and Brazil's President Dilma Rousseff pose for a picture upon her arrival for a meeting at the Rosenbad government office in Stockholm, on October 19, 2015. AFP PHOTO / JONATHAN NACKSTRAND ORG XMIT: jnk
A presidente Dilma Rousseff e o premiê sueco, Stefan Lofven, em Estocolmo nesta segunda (19)

Questionada sobre a chance de abertura de um processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (19) que não acredita em um processo de "ruptura institucional".

A resposta foi a uma pergunta de uma jornalista sueca durante a declaração conjunta feita por Dilma e pelo primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, em Estocolmo.

A repórter quis saber se a ameaça de abertura de um processo de impeachment de Dilma põe em risco o acordo entre Brasil e Suécia para a compra de 36 caças Gripen NG por US$ 4,5 bilhões (em valores atualizados). Os aviões serão fabricados pela fábrica sueca Saab, que receberá uma visita de Dilma nesta segunda. A negociação é o motivo principal de sua visita ao país nórdico.

Dilma respondeu, primeiramente, que a crise econômica no Brasil não afetará o acordo selado com os suecos porque, segundo ela, a turbulência é "conjuntural" e a economia do país é "sólida".

A presidente disse ainda que o Brasil continua a ser uma opção "segura" para investimentos externos.

"O Brasil continua a ser uma opção segura e atraente para investimentos. Somos um país que oferece grandes oportunidades e possui ambiente de negócios sofisticado e seguro. Somos uma grande democracia", afirmou.

Sobre a questão do impeachment, a presidente afirmou: 'Também asseguro que o Brasil está em busca de estabilidade política e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional. Nós somos uma democracia e temos tanto um Legislativo, como também um Judiciário e um Executivo independentes, que funcionam com autonomia e também harmonia".

"Não acredito que haja um risco de uma crise política mais acentuada", completou.


Endereço da página:

Links no texto: