Folha de S. Paulo


Dilma discute com ministros zerar passivos fiscais com bancos públicos

A presidente Dilma Rousseff pode definir na tarde desta sexta-feira (16), no Palácio da Alvorada, adotar medidas para zerar passivos fiscais com os bancos públicos.

A iniciativa significaria assumir que o Orçamento da União deste ano fecharia na prática com um déficit primário superior a R$ 60 bilhões –o equivalente a cerca de 1% do PIB, bem superior a meta de superavit de 0,15% do PIB prometida inicialmente.

A presidente se reúne nesta tarde para tratar do tema com os ministros da Junta Orçamentária –Jaques Wagner (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento)– antes de sua viagem à noite para a Suécia.

A equipe econômica vai levar a proposta de pagar todos os passivos das pedaladas fiscais, –cerca de R$ 40 bilhões– ainda em 2015. Além disto, a equipe vai apresentar à presidente as novas projeções para o Orçamento da União deste ano, que indicam que há risco de ser registrado um déficit primário superior a R$ 20 bilhões.

Ou seja, se todos os passivos das pedaladas forem pagos ainda neste ano, o déficit orçamentário em 2015 pode superar R$ 60 bilhões.

A opção por um deficit maior neste ano segue a estratégia de priorizar a obtenção de um superavit (receitas maiores que despesas) no próximo ano, já que, para 2015, praticamente não há mais chances de cumprir a economia prometida.

Caso decida propor um rombo maior neste ano, o governo assumirá o compromisso de fazer o que for possível para cumprir o superavit de 2016 –de 0,7% do PIB.


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