Folha de S. Paulo


Reforma deve ser hora de 'construção de estabilidade política', diz Rui Falcão

Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
O presidente do PT, Rui Falcão (à esq.), com Luiz Inácio Lula da Silva
O presidente do PT, Rui Falcão (à esq.), com Luiz Inácio Lula da Silva

Após a reunião com a executiva nacional do PT em que o ex-presidente Lula pediu compreensão com a reforma ministerial do governo e disse que Dilma Rousseff está fazendo agora "o que deveria ter feito em novembro, o presidente do partido, Rui Falcão, defendeu que o momento da reforma ministerial deve ser "de construção estabilidade política".

"Deve ser um momento de construção de estabilidade política para que o país possa retornar suas políticas de crescimento da economia", afirmou Falcão em uma coletiva de imprensa na sede nacional do partido em São Paulo, onde aconteceu a reunião na manhã desta quarta (30).

"Para que isso se dê é preciso que haja uma maioria congressual e que a sociedade entenda que a crise política precisa ser debelada para que a economia volte a crescer", emendou o presidente da sigla.

O discurso segue a linha que Lula defendeu na reunião de mostrar que a reforma é necessária não para conter o impeachment, mas porque o país exige um outro grupo político para trazer reações para a crise tendo a presidente Dilma como figura de destaque dessa articulação.

Falcão criticou novamente a "seletividade" dos vazamentos da operação Lava Jato. Na terça (29) foram revelados e-mails trocados entre executivos da Odebrecht indicando que Lula agiu em defesa de interesses da empresa na África e América Latina.

"Isso é uma aberração. E vocês mesmo sempre glorificaram a política do (ex-presidente dos Estados Unidos Bill) Clinton e de todos os governantes que procuram valorizar as empresas de seu país. Lula fez isso quando era presidente e faz agora, diz ele, com muito orgulho. Isso não é ser favorecido por ninguém, é criar empregos inclusive aqui no Brasil", afirmou Falcão.

Segundo o presidente do PT, os vazamentos que têm como alvo o partido, Dilma e Lula tentam "barrar qualquer possibilidade" do ex-presidente voltar a ser candidato em 2018.

DEFESA DO PT NO DIA 3 DE OUTUBRO

Outra pauta da reunião foi a mobilização nacional que o PT está organizando com outros participantes da Frente Brasil no sábado, 3 de outubro, em todos estados o país.

A secretária nacional de mobilizações, Maristella Mattos, uma das organizadoras das ações, entregou no encontro desta quarta a Lula e ao presidente do partido Rui Falcão um plano com ops locais onde a militância se reunirá no dia do ato.

Segundo ela, em alguns estados haverá também mobilização no dia 2.

Além do PT, a Frente Brasil é formada também MST, CUT, UNE, entre outras entidades.


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