Folha de S. Paulo


Em Nova York, Dilma diz que governo está 'preocupado' com a alta do dólar

Richard Drew/Associated Press
Dilma afirma que governo se preocupa com alta do dólar por causa do endividamento das empresas
Dilma afirma que governo se preocupa com alta do dólar por causa do endividamento das empresas

A presidente Dilma Rousseff disse, neste sábado (26) em Nova York (EUA), que o governo está "extremamente preocupado" com a escalada do dólar devido às empresas endividadas na moeda americana.

O dólar atingiu R$ 4,249 na quinta-feira, o maior valor da história do Plano Real, mas depois recuou. A moeda à vista, referência no mercado financeiro, fechou na sexta em baixa de 3,49%, para R$ 3,974 na venda. Na semana, a moeda acumulou alta de 1,46% —a sexta semana seguida de alta.

Dilma afirmou que "o Brasil hoje tem reservas suficientes para que nós não tenhamos nenhum problema em relação a nenhuma disruptura por conta do dólar".

A presidente disse que o "governo terá uma posição bem clara e firme como foi essa que o Banco Central teve ao longo do final da semana passada".

O BC realizou nesta sexta dois leilões de novos contratos de swaps cambiais, que movimentaram juntos cerca de US$ 1,971 bilhão. A operação equivale a uma venda futura de dólares. A autoridade também deu sequência a sua atuação diária para estender o prazo de papéis já existentes, que girou em torno de US$ 443,1 milhões.

A intervenção teve reforço de empréstimos de até US$ 1 bilhão com compromisso de recompra em 4 de janeiro de 2016. O objetivo é dar liquidez aos mercados: ou seja, mostrar que haverá compradores e vendedores a qualquer preço que os ativos atingirem, reduzindo a volatilidade das cotações.

A autoridade monetária tem atuado em conjunto com o Tesouro, que anunciou na quinta-feira (24) o lançamento de um programa de leilões diários de títulos públicos.


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