Folha de S. Paulo


Ainda não há motivos para o impeachment, diz ex-ministro do STF

Alan Marques/Folhapress
BRASÍLIA, DF, BRASIL, 12-11-2012 12h00: Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ayres Britto da entrevista para a Folha, no Tribunal. (Foto: Alan Marques/Folhapress, PODER. ***ESPECIAL FIM DE SEMANA***
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto

O ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto afirmou nesta nesta segunda-feira (21) que o impeachment da presidente Dilma Rousseff pode produzir insegurança jurídica no país.

"Não se pode pular a cerca da Constituição", disse o ex-presidente do Supremo após uma palestra em São Paulo.

Ayres Britto disse ainda que a seu ver, "ainda não há motivos para o impeachment" de Dilma. Segundo ele, para que se configure um crime de responsabilidade é necessário provar uma afronta à Constituição.

Britto –que prestou consultoria para a campanha de Aécio Neves no ano passada– ressalta, porém, que esse é um julgamento político.

O ex-ministro é um dos conselheiros de Michel Temer. Em 2013, o ex-ministro assinou o prefácio do primeiro livro de poesias do vice-presidente intitulado "Anônima Intimidade".

INSEGURANÇA

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) se reuniu na noite de quinta com oito grandes empresários e também disse que ainda não vê um motivo concreto para o impeachment da presidente.

O tucano mostrou pessimismo com a situação econômica e política e disse não ver saída com Dilma Rousseff no cargo. Ele acha, porém, que, se Dilma cair por uma razão frágil, como as pedaladas fiscais, há risco para a democracia, pois nenhum governo terá mais segurança jurídica de que terminará o mandato.


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