Folha de S. Paulo


Justiça mantém decisão contra habeas corpus preventivo de Dirceu

Pedro Ladeira - 04.nov.2014/Folhapress
O ex-ministro José Dirceu, condenado no mensalão, ao chegar para audiência em Brasília
O ex-ministro José Dirceu, condenado no mensalão, ao chegar para audiência em Brasília

O TRF (Tribunal Regional Federal) em Porto Alegre negou, nesta sexta-feira (10), o pedido de reconsideração do ex-ministro José Dirceu para obter um habeas corpus preventivo e evitar que ele seja preso na Operação Lava Jato.

O juiz federal Nivaldo Brunoni, porém, admitiu que a defesa faça um recurso ao tribunal, chamado de agravo regimental. O pedido, assim, será julgado por um colegiado de desembargadores, integrantes do TRF, que ainda podem alterar a decisão original.

Não há data prevista para este julgamento.

Os advogados do petista pretendem afastar o "suposto constrangimento ilegal" de uma prisão preventiva de Dirceu na Operação Lava Jato, que investiga o pagamento de propina em obras da Petrobras.

Segundo eles, notícias da imprensa apontam que há risco iminente de que Dirceu seja detido.

O petista vem sendo investigado há alguns meses. Mais recentemente, o lobista Milton Pascowitch, novo delator da Lava Jato, relatou a investigadores do caso que intermediou o pagamento de propina ao PT e ao ex-ministro para garantir contratos da empreiteira Engevix com a Petrobras. Dirceu nega ter participado desse tipo de irregularidade.

Na semana passada, o TRF já havia negado o habeas corpus preventivo ao ex-ministro.

Agora, Brunoni manteve a decisão, na qual afirmou que o "mero receio" da defesa não é suficiente para uma intervenção judicial no caso. Para o magistrado, o fato de Dirceu ser investigado na operação não significa que ele será preso.

O TRF em Porto Alegre funciona como uma segunda instância da Justiça Federal no Paraná, onde correm as investigações da Lava Jato.


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