Para evitar uma nova derrota na Câmara, o Palácio do Planalto articulou o adiamento da votação do projeto que revê a política de desoneração da folha de pagamento.
Ao longo desta quarta (10), membros do governo ainda tentaram reverter a situação, mas não conseguiram fechar acordo com a base aliada.
A decisão de adiar foi tomada após o vice-presidente, Michel Temer, alertar o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do risco da derrota.
O vice sugeriu costurar um texto com o relator, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), para colocar o projeto em pauta na semana que vem. Picciani ainda não concluiu seu relatório.
A desoneração da folha é parte do ajuste proposto pelo governo. Precisa ser aprovada na Câmara e no Senado.
O texto enviado pelo Executivo eleva, já neste ano, a alíquota da contribuição previdenciária sobre o faturamento das empresas de 1% para 2,5% para o setor industrial, e de 2% para 4,5% para a área de serviços.
Um dos impasses para a votação é a liberação de emendas e cargos. Deputados acusam a Casa Civil de atrasar nomeações.