Folha de S. Paulo


Procuradores repatriam da Suíça mais R$ 86 mi de ex-gerente da Petrobras

O Ministério Público Federal no Rio informou ter repatriado o equivalente a R$ 86 milhões que estavam em contas do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, na Suíça.

Os recursos são referentes a propina paga por contratos assinados entre 1999 e 2012 com a empresa holandesa SBM Offshore, fornecedora de navios-plataforma da Petrobras.

Em março, o Ministério Público Federal no Paraná havia repatriado outros R$ 182 milhões, também de contas do Barusco na Suíça.

Todos os recursos fazem parte dos US$ 97 milhões que Barusco declarou ter fora do país, quando aderiu à delação premiada.

Barusco aderiu à delação premiada em novembro do ano passado, e prestou depoimentos à força-tarefa do MPF responsável pelas investigações da Operação Lava Jato no Paraná.

Nos depoimentos, ele admitiu ter participado do esquema criminoso revelado inicialmente pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, que comandava área diferente da dele. O ex-gerente também apresentou provas e informações sobre crimes praticados por outras pessoas.

Também confessou ter recebido propina em contratos da SBM, inicialmente como gerente da área de Exploração e Produção na Petrobras, até 2003, e depois como gerente da área de Serviços, responsável por todas as contratações da empresa.

Os depósitos estavam bloqueados pelo Ministério Público da Suíça. Procuradores brasileiros conseguiram, então, convencer os procuradores suíços a liberar o dinheiro, trazendo-o de volta.

Os recursos estão depositados em uma conta na Caixa Econômica Federal, à disposição da Justiça Federal do Rio.


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