Folha de S. Paulo


Oposição pede abertura de CPI para investigar fundos de pensão

Em mais um movimento contrário ao governo Dilma Rousseff na Câmara, deputados do DEM, PPS, PSB e PSDB protocolaram nesta quarta-feira (22) pedido de abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre os Fundos de Pensão, para investigar uma possível aplicação incorreta dos recursos desses fundos.

O requerimento teve a assinatura de 186 deputados de 24 partidos, mas a CPI ainda depende do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para ser instalada. Atualmente há uma fila de abertura de CPIs que tem outros sete requerimentos na frente, referentes a outros temas. Além disso, só podem existir simultaneamente na Câmara cinco comissões de inquérito –hoje há quatro em funcionamento.

O pedido cita como uma de suas justificativas suspeitas surgidas durante a Operação Lava Jato de influência política na administração dos fundos de pensão.

"Essa suspeição fundamenta-se em evidências colhidas no âmbito da operação Lava-Jato –tais como e-mails em computadores de pessoas ligadas ao doleiro Alberto] Youssef – em que se atribui a prepostos de partidos políticos influência perniciosa na administração do patrimônio dos fundos de pensão", diz o requerimento.

Os alvos da comissão são a Funcef (Fundação dos Economiários Federais), a Petros (Fundação Petrobras de Seguridade Social), a Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) e o Postalis (Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos).

O requerimento pedindo a criação da CPI é assinado pelos deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), Julio Delgado (PSB-MG), Mendonça Filho (DEM-PE) e Rubens Bueno (PPS-PR).


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