Um grupo de militantes do PT foi hostilizado nesta terça-feira (14), na Praça Ramos de Azevedo, na região central da capital paulista, durante atividade de rua organizada pelo partido.
O material distribuído pelos petistas, com críticas à atuação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) em relação à crise da água, foi rasgado e amassado por pessoas contrárias à gestão da presidente Dilma Rousseff (PT).
O grupo crítico ao partido também puxou vaias e gritos de ordem, como "Fora, PT" e "Fora, Dilma". Na confusão, houve bate-boca, mas sem agressão física.
Na atividade, além de distribuir o material impresso, os militantes petistas colhiam assinaturas para projeto de reforma política defendido pela legenda, que propõe o fim do financiamento empresarial em campanhas eleitorais.
Segundo o presidente municipal do PT em São Paulo, Paulo Fiorilo, os responsáveis pela hostilidade faziam parte de grupo ligado ao Solidariedade, que colhia assinaturas, próximo ao local do incidente, para abaixo-assinado favorável ao impeachment da presidente.
"É um desrespeito à democracia. A democracia não é feita dessa forma. Eles pediam o impeachment e nós, em nenhum momento, pedimos para eles saírem de lá", criticou.
Em nota, a direção municipal do PT ressaltou que "repudia veementemente a manifestação de afronta dos representantes do Solidariedade" e anunciou que ingressará com representação na Justiça Eleitoral para apurar o ocorrido.
Procurado pela Folha, o Solidariedade não respondeu ao pedido de entrevista da reportagem.