Folha de S. Paulo


Eduardo e Jair Bolsonaro fazem 'selfies' e distribuem abraços em SP

Emmanuel Sarinho/Folhapress
Manifestantes tiram selfies com o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) perto do metrô Brigadeiro, em São Paulo
Manifestantes tiram selfies com o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) perto do metrô Brigadeiro, em SP

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) e o pai, o também deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), foram tratados como celebridades durante a manifestação deste domingo (12), em São Paulo. Uma fila para 'selfies' e abraços ao lado de pai e filho foi formada em frente ao carro de som do grupo Revoltados Online.

"Nós temos orgulho de dizer que somos deputados federais e podemos sair nas ruas para estar com o povo cara a cara. Quem não deve não teme", afirmou Eduardo Bolsonaro.

Criticado por levar uma arma de fogo em um protesto anti-Dilma, em novembro de 2014, o ex-policial federal não fez o mesmo neste domingo. Dessa vez, deixou a sua proteção a cargo de seis seguranças à paisana que o acompanharam durante o dia. "Como se trata de uma multidão, pode ter um maluco no meio. Mas felizmente não ocorreu nenhum incidente", disse.

O deputado se declara a favor do armamento civil para "todos os cidadãos de bem". No entanto, defende alguns critérios como exames psicológicos e testes de tiro na Polícia Federal. "O que não dá é essa situação em que só o bandido está armado. Se ele entrar na sua casa, pode fazer o que bem entender e você não tem poder nenhum de resposta", afirmou o deputado, que também é a favor da redução da maioridade penal.

Por volta das 16h, Eduardo Bolsonaro discursou brevemente no carro do Revoltados Online. Ele afirmou que as manifestações anti-Dilma são compostas por um "público seleto, que não tem condições de fazer protesto durante a semana porque trabalha". Também exaltou a atuação da Polícia Federal na Operação Lava Jato.

Embora tenha ficado próximo ao carro de som do Revoltados Online durante todo o protesto, o deputado disse se identificar com todos
os movimentos que participam das manifestações, "pois todos pedem a saída da presidente". No entanto, não faz coro aos que defendem uma intervenção militar. Para ele, a única medida constitucional adequada nesse momento seria o impeachment.


Endereço da página:

Links no texto: