Após o convite da presidente Dilma Rousseff para que o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) assuma a Secretaria de Relações Institucionais, o vice-presidente Michel Temer se reuniu por mais de duas horas com o peemedebistas e outros integrantes da cúpula do partido para discutir a indicação.
Na saída da reunião, Temer afirmou que a sigla ainda fará "muitas consultas" para definir a participação do partido no primeiro escalão do governo. Além de Padilha, também participaram da reunião o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-ministro Moreira Franco e o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Como a Folha mostrou nesta segunda, a conversa da presidente Dilma com seu ministro ocorreu no Palácio do Planalto logo após a posse do novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, e foi testemunhada pelo vice-presidente Michel Temer, segundo um interlocutor presidencial.
Questionado se houve um convite formal, Temer negou. "Não. O que tem havido são meras cogitações. Não há nada concreto. Houve cogitação mas nenhum convite", disse.
Em relação ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Temer afirmou que Henrique Alves "certamente ocupará um ministério" mas não deu indicação de quando sua nomeação será confirmada. Henrique deve assumir o Ministério do Turismo.
CORTE
O PMDB ocupa hoje sete ministérios do governo Dilma. Diante da possibilidade de ganhar mais um, caso Padilha realmente vá para a SRI, já que o atual ministro do Turismo, Vinícius Lages é do partido, Temer afirmou que, se o governo realmente decidir por cortar o número de pastas, o PMDB "certamente irá colaborar".
A redução de ministérios foi levantada pelo presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) e foi endossada pelo partido, que defende um corte pela metade. Atualmente, Dilma tem 39 ministérios.