Folha de S. Paulo


Com o caixa apertado, governo de MG encara 1ª greve de servidores

Apesar de prever gastar com o funcionalismo mais do que permite a Lei de Responsabilidade Fiscal, Fernando Pimentel (PT) enfrentará nesta segunda (30) sua primeira greve, 89 dias após assumir o governo de Minas Gerais.

O Orçamento do Estado prevê gastos com pessoal de 49,48% da receita corrente líquida, mais que o limite legal (49%). O governo de Minas diz que teve de refazer contas porque a gestão anterior, do PSDB, "subestimou" mais de R$ 4 bilhões em despesas.

O Executivo fala em melhorar a arrecadação e, dessa forma, evitar infringir a lei fiscal. Contudo, servidores planejam uma série de paralisações por aumento salarial.

Nesta segunda (30), os servidores da rede estadual de saúde, a Fhemig, prometem parar o atendimento em 4 dos 24 hospitais em Belo Horizonte, disse o dirigente sindical Carlos Martins.

Segundo ele, há três anos os 10 mil trabalhadores da saúde, exceto os médicos, estão sem reajuste e querem agora a reposição da inflação. Martins disse que, depois que foi decidida a greve, o governo petista convocou o sindicato para uma reunião na tarde desta segunda.

Na terça (31), será a vez de os professores da rede estadual decidirem se vão parar. Eles querem R$ 1.917 por 24 horas semanais de trabalho –valor fixado pelo MEC para o pagamento de até 40 horas. Minas paga R$ 1.455 pelas 24 horas semanais.

O aumento é promessa de campanha de Pimentel. O governo avisou que vai cumpri-la até 2018. Por enquanto, ele ofereceu abono de R$ 160 até abril de 2016.


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