Folha de S. Paulo


Imóveis ligam Duque a operador, diz revista

A compra de três apartamentos no Rio e notas fiscais por supostos serviços de consultoria ligam o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, indicado pelo PT, e um dos operadores de esquema de corrupção na estatal.

Segundo reportagem da revista "Carta Capital", documentos apreendidos pela PF na casa de Duque em fevereiro mostram que ele comprou três apartamentos no Rio, avaliados em R$ 2 milhões.

Como parte do pagamento, segundo registro da transação, Duque comprometeu-se a saldar dívida de R$ 815 mil da construtora dos imóveis diretamente com a Jamp Engenheiros Associados.

A Jamp pertence a Milton Pascowitch, apontado como encarregado de pagar propina da construtora Engevix.

Além da transação imobiliária, investigadores da Lava Jato apuram se firmas de consultoria foram usadas para pagar suborno a ex-dirigentes da Petrobras e políticos.

Segundo a "Carta Capital", também foram apreendidos um contrato entre uma empresa de Duque e a Jamp. O operador da Engevix teria pago ao ex-diretor pelo menos R$ 1 milhão em 2013, depois que ele deixou a Petrobras.

A Jamp também fez pagamentos de R$ 1,4 milhão à firma do ex-ministro José Dirceu, em 2011 e 2012.

Procurado, o advogado de Duque, Alexandre Lopes, disse que a compra dos imóveis e os serviços de consultoria serão esclarecidos. Pascowitch não foi encontrado.

Dirceu nega que tenha discutido qualquer tema ligado à Petrobras com empreiteiras e diz que seus serviços de consultoria foram prestados.


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