As menções nas redes sociais ocasionadas pelos protestos contra a presidente Dilma Rousseff neste domingo (15), em dezenas de cidades brasileiras, geraram um pico de citações negativas ao governo maior que o ocorrido durante o panelaço contra a mandatária, aponta levantamento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV-RJ feito a pedido da Folha.
Na semana passada, na quinta (12) e na sexta-feira (13) —quando centrais sindicais e movimentos sociais saíram às ruas em defesa de Dilma—, foi a vez de as citações a favor da presidente atingirem seu auge. O pico anterior de críticas ao governo havia ocorrido no domingo passado (8), quando Dilma apareceu na televisão e foi alvo de um panelaço.
Esses números indicam que o sentimento expresso nas ruas das capitais brasileiras tem reflexo direto na conversa em redes sociais, tanto a favor como contra o governo.
No Twitter, mostra análise da empresa de monitoramento Polis Consulting, cerca de 100 mil mensagens sobre o tema foram publicadas por hora, desde o início da tarde deste domingo. O tuíte que mais teve visualizações foi do comediante Danilo Gentili, contrário ao governo. "Não dá para dizer exatamente quantos brasileiros receberam esses conteúdos", explica Alexander Schmitz-Kohlitz, presidente da Polis Consulting. "Para ter uma ideia de análise qualitativa, é necessário algum tempo."
O auge do fluxo de mensagens foi entre 15h30 e 16h30, pouco depois do horário marcado para o início da manifestação na avenida Paulista, a que teve maior quórum.
Mapa dos protestos de março de 2015; Crédito Rubens Fernando/Editoria de arte/Folhapress