Folha de S. Paulo


Protestos apoiam meu pedido de impeachment, diz Bolsonaro

O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) caminha junto com os manifestantes no ato contra o governo em Copacabana. Na sexta-feira (13) ele protocolou na Câmara dos Deputados um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O deputado explica à Folha que os protestos não deixam de ser em apoio a sua solicitação.

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Folha - O senhor acha que esta manifestação é um apoio ao pedido de impeachment que o senhor protocolou?
Jair Bolsonaro - O PMDB que tem que dar a resposta na semana que vem. Afinal de contas, Ulisses Guimarães dizia: "O que o povo quer essa casa vota". Esse movimento é espontâneo e a minha participação é uma parte pequena. Mas não deixa de ser [um apoio ao pedido dele]. Vamos despetizar o Brasil pra sonhar com um país melhor.

Qual a alegação que o senhor usa para pedir o impeachment?
A peça na qual o Collor foi cassado, a nossa tem muito mais sustância. Tem mais indícios de corrupção e ingovernabilidade por parte dela. Ela está em uma situação que não pode mais governar, ela é vaiada em qualquer lugar. Ela não pode estar frente de um pais tão grande como o nosso.

Mais de 30 políticos do PP estão na lista do procurador-geral. O senhor sabia que eles participavam do esquema?
Eu sempre soube que todos da lista votaram ao longo dos 12 últimos anos com o PT. Votaram em troca de alguma coisa. O grande indício de se um parlamentar está ou não envolvido em algum ilícito são suas votações ao longo dos 12 últimos anos.

Mas eles são seus colegas de partido.
Assim como são do PT, PMDB, lá dentro eu convivo com todo mundo. Já pedi a carta de alforria ao meu partido. Se eu sair hoje, perco o mandato. Você quer que eu jogue fora 500 mil votos. Isso é mais do que uma loucura, é uma ignorância.

O caminho para o Impeachment; Crédito William Mur/Editoria de Arte/Folhapress


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