Folha de S. Paulo


Pezão, Cabral e ex-secretário negam acusações de delator

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), seu antecessor, Sérgio Cabral (PMDB), de quem era vice, e o ex-secretário-chefe da Casa Civil do Estado Régis Fichtner afirmaram por meio de nota serem "mentirosas" as declarações feitas em depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorizou nesta quinta-feira (12) os pedidos de investigação sobre Pezão.

Os três negam que tenham se reunido com o executivo, que fechou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato, para discutir repasse de recursos para campanhas eleitorais via "caixa dois".

"Estou à disposição da Justiça, só quero ser ouvido. Essa conversa nunca existiu. A acusação é falsa", disse Pezão, em nota.

Cabral afirmou que "é mentirosa a afirmação do delator Paulo Roberto Costa".

"Essa reunião jamais aconteceu. Nunca solicitei ao delator apoio financeiro à minha reeleição ao governo do Rio", afirmou o peemedebista, ex-governador do Estado.

Fichtner afirmou que vai processar o ex-diretor da Petrobras pelas declarações. O ex-secretário diz que nunca participou de reunião em quarto do hotel Caesar Park, como relata Costa em sua delação premiada.

"Tenho convicção de que uma mínima apuração dos fatos irá resultar no restabelecimento da verdade", afirmou Fichtner.

TIÃO VIANA

O porta-voz do governo do Acre afirmou que o governador Tião Viana (PT), que também será investigado por determinação do STJ, não vai se pronunciar sobre as acusações feitas por Paulo Roberto Costa em seus depoimentos porque ainda não há nenhuma "informação oficial" a respeito de investigações sobre o suposto envolvimento do petista no esquema investigado pela Lava Jato.


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