Folha de S. Paulo


DEM declara apoio a manifestações de domingo contra Dilma

Depois do PSDB, o DEM se manifestou nesta quarta (11) a favor das manifestações populares marcadas para o próximo domingo (15). Os partidos de oposição, apesar de não apoiarem oficialmente o "fora Dilma" –tema oficial das manifestações–, afirmam que os atos políticos são "legítimos" e "honram a democracia".

Presidente do DEM, o senador José Agripino Maia (RN) disse que os movimentos populares são "dignos pelo seu caráter pacífico", por isso merecem o respeito da sigla.

"Não podemos, como partido ou militantes, deixar de aplaudir iniciativas que só orgulham a democracia brasileira", afirmou Agripino. Segundo o senador, os movimentos apartidários devem ser compreendidos como "manifestações refletidas da sociedade organizada".

O partido não manifestou se é contrário ou a favor do impeachment de Dilma Rousseff, como fizeram os tucanos.

Mapa dos protestos de março de 2015; Crédito Rubens Fernando/Editoria de arte/Folhapress

Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) disse nesta quarta que a sigla dará apoio "irrestrito" aos atos antigoverno marcados para o próximo dia 15 e estimula seus militantes a comparecerem -mas que ele próprio não estará nas ruas.

Segundo Aécio, ele optou por não ir para "não dar força a esse discurso de que nós estamos vivendo um terceiro turno no Brasil", um "discurso que não é verdadeiro", disse.

Para o senador, o apoio da sigla às manifestações não pode ser entendido como um apoio aos pedidos de impeachment.

O PSDB avalia que, por enquanto, não há elementos para a saída de Dilma. Nesta segunda-feira (9), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que "não adianta nada tirar a presidente". O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) afirmou que prefere ver a petista "sangrar" nos próximos quatro anos, quando encerrará o seu segundo mandato.

SOLIDARIEDADE

Ao contrário do DEM e do PSDB, o Solidariedade –partido do deputado Paulinho da Força (SP) –vai lançar nesta quinta-feira (12) uma campanha pelo impeachment da presidente Dilma.

É a primeira campanha oficial que um partido lança pelo impeachment. Paulinho é um dos mais ferrenhos adversários da presidente e comanda a Força Sindical, central de trabalhadores.

O caminho para o Impeachment; Crédito William Mur/Editoria de Arte/Folhapress


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