Folha de S. Paulo


Rio tem protesto de 40 pessoas contra presidente Dilma Rousseff

Cerca de 150 PMs realizaram a segurança de um ato contra a presidente Dilma Rousseff que reuniu cerca de 40 pessoas na praça da Candelária, no Centro do Rio, na tarde desta quarta-feira (11). O protesto, convocado pelo Movimento Brasil Livre e pelo Revoltados Online, se deslocou até a sede da Petrobras.

De acordo com Maycon Freitas, que foi um dos organizadores da manifestação, o objetivo da ação foi chamar atenção para o evento do próximo domingo (15), quando estão previstos protestos em várias regiões do Brasil.

"Nosso objetivo é lembrar que queremos o impeachment da presidente e avisar que nossa grande ação é no dia 15. O Brasil vai mostrar que já está cansado de tanta corrupção. Queremos a prisão de todos os ladrões da Petrobrás e dos corruptos."

No ato, os manifestantes, que carregaram cartazes e estavam vestidos com camisas verde e amarelas, distribuíram panfletos e entoaram gritos contra o ex-presidente Lula e a atual presidente. A ação também contou com apoio de um carro de som.

Houve um momento de tensão quando um homem passou xingando os manifestantes e chamando-os de golpistas. Houve troca de insultos, e uma garrada de água foi lançada na direção do homem.

A manifestação recebeu o apoio de Eron Moraes de Melo. Ele participa desde 2003 das ações vestido de Batman e já virou um dos símbolos do protesto no Rio de Janeiro. "Estou aqui para ser mais um que busca por justiça e luta contra a corrupção. Não quero intervenção militar e nada utópico. Só quero um país justo e sem corrupção."

Já para Marcelo Reis, fundador do movimento Revoltados Online, os protestos têm sido fortalecidos pelas denúncias de corrupção em órgãos públicos e reforçam a ideia de que um pedido de impeachment é viável.

"Estamos desde 2013 pedindo e falando que seria necessário uma série de mudanças. Hoje todos veem as provas e podem perceber o nível de corrupção no qual o país se encontra. Chegou a hora e vejo que até o congresso está pronto para conseguirmos esse objetivo. Chegou a hora da faxina geral."

Mapa dos protestos de março de 2015; Crédito Rubens Fernando/Editoria de arte/Folhapress


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