Folha de S. Paulo


Cunha afirma não ver dificuldade em investigado compor Conselho de Ética

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira (4) não ver dificuldades para que deputados com pedido de investigação no STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras façam parte do Conselho de Ética da Casa.

O órgão disciplinar é responsável pela avaliação de eventuais pedidos de cassação que sejam feitos por deputados envolvidos no caso.

Cunha afirmou que eventualmente esse parlamentar não poderá ser relator de processos.

"Eu acho que todos que estão no exercício do mandato nesta Casa são legítimos para exercer qualquer função. Ninguém pode ser considerado sob suspeição. É claro que não vai ser relator sobre esse assunto", afirmou o presidente da Câmara.

Para mim, não vejo nenhuma dificuldade [em um citado compor o conselho]. Quem está aqui é igual a todo mundo. Até estar aqui e ser retirado ou ter sofrido algum tipo de processo com sua pena, ele é igual a todos", disse.

Os integrantes do conselho precisam ser escolhidos até o fim desta quarta-feira. O comando será definido na próxima semana.

Alan Marques - 4.mar.15/Folhapress
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante sessão na Casa
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante sessão na Casa

LISTA

Nesta terça-feira (3), a Procuradoria-Geral da República enviou ao STF 28 pedidos de inquérito envolvendo os desdobramentos da operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Os inquéritos são para investigar 54 pessoas.

O peemedebista é apontado como um dos alvos. Ele voltou a negar que tenha sido avisado e explicou que acionou o ex-procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, para saber se realmente há algo contra ele.

"É natural que busque um advogado para saber se tem alguma coisa. Escolhi ele e ele aceitou", afirmou.


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